"Lagoa das Sete Cidades"
Lagoa das Sete Cidades, uma das paisagens que caracteriza a fantástica Ilha de São Miguel.
Quando atentamos este cenário, num ápice constatamos que as mais de 400 mil palavras que constituem a língua portuguesa são insuficientes para descrever a beleza da Lagoa Azul e da Lagoa Verde (nome representativo das cores que lhes dão vida e uma beleza ímpar).
Escolhemos acreditar, convictamente, na lenda da derradeira despedida entre a linda princesa e o humilde pastor, que de tanto chorarem, a seus pés fizeram crescer as duas lagoas: uma delas com águas de cor azul, das lágrimas derramadas pelos olhos turquesa da princesa; a outra de cor verde, oriunda das lágrimas derramadas dos olhos do pastor, dessa mesma cor.
Coincidência ou não, verde significa liberdade, saúde, pureza, equilíbrio...por sua vez, o azul enquanto indicador de tranquilidade, serenidade, harmonia e espiritualidade. Se estes adjetivos não fossem associados a cores, diria que estaríamos a adjetivar este nosso arquipélago perdido no atlântico, a 1500Km de Lisboa e a 3400Km de Nova Iorque.
A força que aquela terra emana sente-se nos géiseres. Mesmo sabendo-nos presos pelo atlântico, é antagónica a sensação de liberdade e tranquilidade que a chegada ao miradouro da grota do inferno nos proporciona. Ali encontramos um equilíbrio inigualável entre o Verde dos prados verdejantes e o Azul do céu e do mar.
Cores à parte, permanece a lenda que reza que os dois apaixonados não puderam viver juntos para sempre, mas pelo menos as lagoas nascidas das suas lágrimas tiveram o ansiado destino e permanecem lado a lado, numa simbiose perfeita que ofusca qualquer lente que a queira captar.